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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

EU CREIO NA INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS - LIÇÃO 4


A Bíblia Sagrada é o base teórica de todo o cristão. Nela, o Senhor revelou tudo que precisamos saber a respeito de quem somos, para onde vamos, porque estamos aqui, além de qual é o projeto de Deus para a humanidade. Costuma-se dizer que Deus deixou duas revelações para o homem. A primeira é a sua criação conforme Salmo 19.1 : “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”e Salmo 8.3: “Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste.” A segunda é a Sua Palavra, qual conforme 2 Pedro1.20,21: “ Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”e em Jeremias 36.2: “Toma o rolo de um livro, e escreve nele todas as palavras que te tenho falado de Israel, e de Judá, e de todas as nações, desde o dia em que eu te falei, desde os dias de Josias até ao dia de hoje.” . Ou seja, ela é a Revelação escrita de Deus, que foi preservada através dos séculos e chegou até os nossos dias. Daí surgem algumas questões: O A.T. tal como temos hoje foi o mesmo da época de Jesus? Como se formou o canôn do N.T.? Como podemos provar que tudo que está contido nas Sagradas Escrituras são verdadeiros e dignos de nossa confiança? Estas questões precisam estar bem claras para o aluno, pois essas mesmas dúvidas são lançadas sobre eles nos ambientes freqüentados, em conversas com colegas de escola ou faculdade, por vizinhos ou amigos. Vamos listar uma série de argumentos que procurarão responder a estas questões:

 

OS LIVROS DO NT QUANDO FORAM ESCRITOS FORAM LOGO DIFUNDIDOS

O teólogo Eduardo Joiner (2004) explica que enquanto a distribuição de um livro de um autor clássico estava limitado a uma determinada região, todo o Novo Testamento foi difundido e lido por 3 quartos do globo. Esses textos eram lidos publicamente repetidas vezes, o que os tornavam bastante conhecidos. Assim, qualquer falsificação seria logo denunciada e a obra destruída.


OS LEITORES CONVIVERAM COM OS AUTORES

Segundo Joiner, os apóstolos escreveram sobre coisas que já faziam parte do conhecimento difundido oralmente entre as igrejas que estavam espalhadas por uma vasta região. O conhecimento difundido desses assuntos tornaria espúria qualquer obra que se atrevesse a fabricar narrativas e doutrinas contrária ao que já estavam estabelecidos pelos próprios apóstolos.


HARMONIA CULTURAL HISTÓRICA E GEOGRÁFICA 
O autor em questão declara que:
"A numerosa e minuciosa menção dos usos e costumes da época e a geografia do país em que os autores afirmam ter vivido provam a genuinidade de seus escritos. A familiaridade com as cerimônias judaicas e o fato de prevalecer em seus escritos palavras, frases e pensamentos derivados do Antigo Testamento provam que esses autores eram judeus. A isso devemos acrescentar a contínua referência aos hábitos ordinários do povo e aos aspectos físicos da Palestina.”(Pág. 557).
Não podemos nos esquecer que temos um traçado perfeito das viagens do Apóstolo Paulo, das implicações de sua cidadania romana, da ilha destinadas a prisioneiros para onde o Apóstolo João foi levado e teve as suas visões reveladas no livro do Apocalipse. Se contar com as descrições dos caminhos por onde Jesus percorreu. Em relação aos aspectos históricos os autor esclarece:
“As numerosa circunstâncias relatadas no NT e a sua harmonia com a história secular provam a sua autenticidade. Quem se propõe a escrever sobre uma época diferente da sua corre os risco de cometer erros com relação à história e aos costumes dessa época. Se esse fosse o caso do NT, muitas incoerências seriam descobertas, porque o cenários dos acontecimentos não está limitado a uma única cidade, mas se estende às maiores cidades do Império Romano. Também são feitas alusões aos costumes dos gregos, romanos e judeus. Ninguém poderia fabricar uma narrativa com detalhes tão precisos.”
Abaixo, alguns desses exemplos de fatos históricos comprovados:
  • A Palestina era dividida em três províncias: Judéia, Galileia e Samaria;
  • A ocorrência de duas seitas judaicas principais: Fariseus e Saduceus;
  • O templo em Jerusalém como objeto de peregrinação de judeus das mais diversas partes do mundo (da diáspora);
  • Sistema de organização política praticada pelos romanos: Líderes locais (Herodes, Sumo sacerdote) sob o poder de um governador romano (Pôncio Pilatos, etc.).

Tais fatos são provas da autenticidade bíblica.

ARGUMENTOS ARQUEOLÓGICOS

A Bíblia está repleta de descrições sobre lugares, culturas, geografias e povos
de uma região muito vasta. A arqueologia tem sido uma grande parceira ao comprovar através de diversos achados, a veracidade das narrativas bíblicas. Chama-se arqueologia bíblica, o ramo dessa ciência que é especializada em estudar os achados materiais relacionados com os relatos bíblicos. A Bíblia de Referência Thompson, traz em suas páginas uma seção por nome “Suplemento Arqueológico” que nos mostra em detalhes as principais descobertas arqueológicas. Abaixo, alguns links sobre o assunto:




CONTINUA...



Bibliografia

Bíblia de Referência Thompson. Editora Vida.

Joiner, Eduardo. Manual Prático de Teologia. 1ª Ed., Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2004.

sábado, 17 de janeiro de 2015

EU CREIO NO ESPÍRITO SANTO - Lição 3

O Espírito Santo, desde a era Patrística,  vem sendo negligenciado pela igreja. Prova disso são a quantidade das obras que discutiam o assunto, outrossim, podemos perceber essa injustiça no nosso credo.  Quando não, há a corrente que defende ser o E.S. apenas uma força ativa de Deus. E ainda há, mesmo no meio pentecostal, àqueles quem mesmo teoricamente confessado-o como Deus, tratam-no como um força impessoal, tentando extrair-lhe doses potentes de seu poder para uso do próprio indivíduo, em beneficio de seu status eclesiástico. Assim, esta lição é muito importante para esclarecer para os alunos sobre quem é o Espírito Santo, qual foi o seu papel na história e qual a sua principal obra hoje, na era da igreja.

1° O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA

Dizer que o E.S. é uma pessoal implica em reconhecê lo, segundo Menzies (1996) como um ser que tem uma personalidade própria,  o que envolve conhecimento (inteligência), os sentimentos (afetos) e a vontade. As escrituras revelam que o E.S. tem uma característica própria e age de uma forma peculiar,  confimando ser uma pessoa distinta, e não um poder impessoal. Ver At 8.29, 11.2, 13.2,4, 16.6,7, Rm 8.27, 15.30, 1 Co 2.11, 12.11.

2° A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

Apesar de biblicamente o E.S. ter sido ativo no A.T., nos deteremos apenas em sua obra no N.T. A BEP (1996:1639) declara que sem o E.S. "não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo". Jesus declarou em João 16.13,14 "Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará." e em João 15.26 disse "Quando vier o Ajudador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim." Com base nestes versículos,  podemos afirmar que a principal obra do E.S. é glorificar, ou melhor, levar-nos a glorificar a Cristo.  O teólogo Boice afirma que:

"A principal obra do Espírito Santo é glorificar a Cristo. Todas as outras obras giram em torno dessa. Ora, se Ele não fala de si mesmo, mas de Jesus, podemos concluir que qualquer ênfase dada à pessoa e a obra do Espírito que não aponte para Cristo não pode ser vinda do Espírito de Deus" (2011:328).

Assim, o E.S. é responsável por:

• Revelar os ensinamentos de Jesus (Jo 14.26);
• Orienta a igreja (Jo 16,14; 14.26);
• Convence o homem do pecado (Jo 16.8,9);
• Realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6);
•  Faz-nos membros do corpo de Cristo (1 Co 12.13);
• É o agente da nossa santificação (Rm 8,9; 1 Co 6.19);
• Testifica que somos filhos de Deus (Rm 8.16);
• Ajuda nos na adoração a Deus (At 10.45,46, Rm 8.26,27);
• Intercede por nós (Rm 8.26,27);
• Produz em nós o caracter de Cristo (Gl 5.22, 1 Pe 1.22);

Obras consultadas:
Menzies, William W., Hortom, Stanley M. Doutrinas Bíblicas. 1ª Ed. – Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Boice, James Montgomery. Fundamentos da Fé Cristã. 1ª Ed., Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2011.

BEP. Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Ed. – Rio de Janeiro: CPAD, 1995.