segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Estimando um erro: A tolerância com o legalismo (Parte 02)
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Estimando um erro: A tolerância com o legalismo (Parte 01)
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
As Contradições do Pentecostalismo Brasileiro
O Movimento Pentecostal é algo lindo e maravilhoso, sendo certamente um grande avivamento de Deus. Agora, o pentecostalismo brasileiro está cada vez mais distante desse ideal, além de conter várias contradições.
- A liturgia das igrejas pentecostais é totalmente engessada. O engraçado é que todos pensam justamente o contrário. Ora, mas tente em uma igreja pentecostal clássica cantar músicas que fogem daquele padrão- hino da harpa, “hino” de fogo e “hino” de vitória. Fora os hinos da harpa, esses músicas de fogo e vitória são cheias de erros doutrinárias, antropocêntricas e mal feitas. Se você tenta dispensar logo é recriminado. Mas esse problema não é recente, pois tais músicas já existiam na década de 1970.
- Muito se condena a “teologia da prosperidade” nas igrejas pentecostais, mas enquanto isso se prega o triunfalismo, que é tão pernicioso quanto. O triunfalismo é uma “teologia da prosperidade light”. Quase todos os cultos dominicais giram no tripé- cura, emprego e perfeição emocional.
- Nas igrejas pentecostais clássicas muito se condena a “vaidade”. Só que a “vaidade” é mais ou menos combatida dependendo do contexto social daquela igreja. Quanto mais pobre, menos alfabetizada e mais interiorana é a igreja, mais legalista ela é. Engraçado que alguns pastores usam ternos finíssimos enquanto condenam o brinco. Definir isso como hipocrisia é pouco.
- O pentecostal é o povo da Bíblia. Alguns levam a Bíblia para qualquer lugar que frequentam. Realmente, é difícil ver um pentecostal que não carregue a Bíblia debaixo do braço. Assim também como é difícil ver um pentecostal versado nas Escrituras. O que sobra nos púlpitos são superficialidades, trivialidades e chavões e mais chavões. Ora, tem pastor pentecostal que NUNCA leu a Bíblia completa uma única vez.
“Ah, como você é chato com os pentecostais, até parece um tradicional”. Olha pessoal. Quem ama não fecha os olhos. Se você realmente considera-se pentecostal, saiba discernir o bom do ruim.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Viva a realidade alternativa
Bráulia Ribeiro
Os Dez Mandamentos são o código de ética mais perfeito que existe. Concordamos com isto porque cremos na Bíblia como a fonte máxima de revelação de Deus aos homens. Porém, podemos verificar a perfeição deste código também de maneira empírica na história humana. O respeito mútuo, a noção de propriedade, a constituição e proteção da família, a afirmação do valor da vida, assim como as sanções que punem aqueles que desrespeitam o código nuclear de valores -- tudo se encontra por aí nas sociedades humanas, desde as pequenas tribos às megassociedades com culturas multifacetadas.
Só encontramos a representação completa e explícita deste código moral nas sociedades cristãs ocidentais. O mundo ocidental se desenvolveu tendo como base a filosofia judaico-cristã e como núcleo de valores fundamentais desta cosmologia as dez leis de Moisés. No entanto, principalmente neste último século, fomos acostumados a pensar na moralidade cristã como uma espécie de prisão tacanha, geradora de deformações psicológicas e inibidora da verdadeira felicidade. A realização humana passou a ser definida por uma liberdade moral em que o único parâmetro é o meu desejo individual no momento.
Com Freud, por exemplo, aprendemos que sexo e moral são inimigos mortais; que uma vez reprimidos os instintos sexuais, afetamos nossa própria identidade psicológica, adoecendo a raiz de quem somos. Com Nietzsche, aprendemos que podemos inferir, a partir da realidade degradada em que vivemos, a morte de Deus. Acreditamos na falácia narcisista: sou intrinsecamente mau; portanto, o bem não existe.
Mais recentemente, para salvar o conceito de Deus, começou-se a desassociá-lo da moral. Versões pós-modernas do cristianismo apresentam um deus cuja proposta para a humanidade coaduna com a felicidade amoral desejada pelo inconsciente coletivo. Esse deus trabalha para nós e nada nos pede de nobre, de virtuoso. Não nos pede sacrifício, porque, afinal, ele já se sacrificou por nós. Conforma-se com uma obediência rasa a certo código de comportamento determinado pelo grupo religioso. Esse código enfatiza o que convém ao grupo, como práticas e comportamentos relacionados com a religião em si, mas releva princípios morais absolutos. Como as religiões animistas, esse cristianismo faz da felicidade transcendente do indivíduo seu alvo final; e das negociações mecânicas entre os servos e a deidade, o caminho para se chegar até ela.
Outra versão pós-moderna inventou o budista cristão. O cristianismo-filosofia também não me pede nada a não ser crer na graça. Tudo me é lícito desde que me convenha. Meu Cristo-Buda filosofa e faz sugestões sábias. Minha escolha pessoal não faz diferença no universo. No não ser está minha razão de ser e a antirreligião é minha religião.
Estamos muito perdidos. Precisamos recuperar de forma explícita e detalhada a cosmovisão proposta por Deus na Bíblia. O que seria a realidade segundo Deus? No códex de pedra encontramos a resposta. “Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim.” Está aí a proposta divina de definição de realidade. Deus é o supremo, o perfeito, o Alfa e o Ômega. Ele define moral a partir de seu ser, o Bem perfeito. E nos proíbe a criação de uma ética alternativa. Ele tem a prerrogativa de definir quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Ele nos propõe o certo e o errado, a bênção e a maldição. Será que ainda dá pra encarar?
• Bráulia Ribeiro, missionária em Porto Velho, RO, é autora de Chamado Radical (Editora Ultimato).
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
É Pecado jugar?

Existe um discurso politicamente correto que flui honrosamente da boca daqueles que geralmente odeiam a confrontação: “Vou à igreja, assisto o ‘meu’ culto, volto pra casa e não falo mal da vida de ninguém. Acho que se cada um cuidasse de sua própria vida e deixasse esse negócio de criticar o que é dito na igreja, nós teríamos uma igreja bem melhor.”
Gente assim, dificilmente tem um senso crítico a respeito de sua fé. Não sabe porque crê. Não sabe no que crê. Contenta-se com uma fé cega, surda e muda. Afinal, dizem os tais, ai daquele que tocar nos ungidos do Senhor.
Esquecem-se porém, que, diferente do Antigo Testamento, todos fomos ungidos na Nova Aliança: “Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento (…). Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês (…)” I Jo. 2.20,27
Estamos testemunhando um tempo histórico, onde os crentes seguem à risca tudo aquilo que lhes é dito a partir de um púlpito, sem titubear (claro, desde que isso não conflite com todas as bênçãos que Ele tem guardado em sua cartola mágica). Não sei o que é pior, vender aos crentes a bênção em forma de amuletos dos mais esdrúxulos, ou pior: comprá-la!
Será que ainda existem crentes que não entenderam que o que Jesus condenou foi o julgamento hipócrita, e não o julgar em si (Mt. 7.1-6)? Será que nunca estaremos prontos para tirar o cisco do olho de nosso irmão? Será que Jesus não foi o suficientemente claro ao dizer que depois de tirarmos a viga de nossos olhos estaríamos aptos para exercer o julgamento? Ouso propor uma resposta: o descaso do povo para com a Palavra continuará sustentando muitas mentiras, heresias e agressões à alma.
Ah… que falta fazem os bereanos! O livro de Atos não poupa elogios quando diz que eles “eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.” (At. 17.11)
Jesus disse: “Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos!” (Jo. 7.24). Disse também: “Por que vocês não julgam por si mesmos o que é justo?” (Lc. 12.57). O Apóstolo Paulo também não deixou margem para dúvidas quando disse: “Estou falando a pessoas sensatas; julguem vocês mesmos o que estou dizendo.” (I Co. 10.15).
Há ainda aqueles mais pacificadores que, mansamente, nos lembram: “…ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom!” (I Te. 5.21). O problema nesse caso é, como diria meu professor Franco Júnior: “O que é bom?”. E convenhamos: esse é o parâmetro utilizado pela maioria dos crentes hoje em dia. Não! Mil vezes não! A Bíblia é o nosso referencial.
Não me importa o brilho reluzente do troféu da moça que quer te colocar no palco e humilhar os seus irmãos, a Bíblia não diz que será assim. Também pouco me importa se hoje é 9/9/2009 ou 10/10/2010, a sua bênção não custa R$ 900,00, nem custará R$ 10.000,00 no ano que vem, a Bíblia não respalda isso. Por fim, não me importa quem “profetizou”, nenhuma arca vai proteger a minha casa, mesmo com anjinho e tudo. A Bíblia diz que “…se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda.” (Sl. 127.1)
Que Deus levante mais bereanos. Gente que duvida, que critica, que denuncia. Gente que pinta a cara, mas não é palhaço!
Homens e mulheres que não tenham medo da verdade, custe o que custar. Só assim a igreja evangélica brasileira voltará ao caminho da verdade, afinal, para esse, não há atalhos.
Deus nos guarde dos lobos!
Por Luis Rogério Vasconcelos Costa – Via Ultimato